Olá pessoal,
tudo bem? Como está o início do ano para vocês? E as novas leituras? Já
passaram no Sociedade do Saber? Não? Então sinta-se à vontade, entre e pode
mexer na estante não tem problema.
Eu até poderia mentir dizendo que escrever este conto foi difícil, mas na
verdade foi como lembrar da sua festa de aniversário favorita, pois, parece que
este conto sempre esteve na minha cabeça eu só tirei a poeira dele. Se vocês gostarem
e obtiver algum alcance tenho a ideia de postar as partes anteriores do conto e
consequentemente a continuação.
ok, sem mais delongas vamos a isto, lembrando que comentários, sugestões e críticas
são sempre bem-vindas.
até a próxima.
Evan Last Nightfall e a pequena Ellyllon
- O que você está fazendo Evan?! Nós não podemos
parar de correr...
- Eu não consigo...
acho que a flecha, a flecha...
- Furou o seu pulmão,
ótimo, quero dizer horrível, eu só estava sendo irônica, você me entendeu...
- Akira! Você precisa
tirar a flecha e me curar ou vamos morrer aqui.
Akira já estava com
Evan apoiado em seus ombros e tentava arrastá-lo o mais depressa possível se
esgueirando entre uma viela e outra. Estavam na parte baixa da cidade de Lyse,
perto das docas, enquanto os caçadores atiravam flechas cujas pontas metálicas Tilintavam nas frias paredes de pedra.
- Você não vai
conseguir me carregar por mais tempo...
- Você se
surpreenderia com o quanto forte eu posso ser!
- Me cure!
- Se pararmos...
- Qual é a sua magia
de refúgio? Há como usá-la aqui?!
- Eu precisaria de...
parou um breve momento para observar. – Estamos com sorte, vamos!
- Você precisa
rever... seriamente... o seu conceito de sorte!
Enquanto corriam pelo
beco, que estava tão escuro quanto a noite, pois as paredes dos armazéns que os cercavam eram altas e cobriam a luz do sol, vários caçadores desembocaram no
corredor logo atrás deles e o zunido de flechas era constante, se uma acertasse
Akira, seria o fim para ambos. HomEns e cachorros se aproximavam
rapidamente.
- O que você está
fazendo garota? Vai acabar nos matando...
- Prenda a
respiração!
- O quê?
O corredor acabou e
chegando na pequena praça a repentina luz cegou Evan. Akira correu
desesperadamente em direção a fonte e o arremessou dentro dela, quando seu
corpo bateu no fundo raso a flecha quebrou e entrou um pouco mais fundo, quando
emergiu tudo o que pode ver com seus olhos levemente embaçados pela água foi AkIra em sua capa vermelha pulando em cima dele, no
mesmo instante em que ela caiu sobre seu peito ambos afundaram, mas muito além
do que a fonte permitiria.
Evan permaneceu com
os olhos fixos no rosto da garota que o libertara do Castelo da família real de
Lyse. Os cachos loiros do cabelo da garota dançavam lentamente com o movimento
da água, tornando-a emoldurada como uma pequena deusa da floresta e tudo o que
vinha a sua mente era as duas perguntas mais pertinentes ao momento: “Quem é
essa garota? ” “E pelos diabos, ela sabe o que está fazendo?!”
Justo quando EvaN, o maior mago de seu tempo, pensava que morreria
afogado em uma medíocre fonte, sentiu uma brisa gelada em suas costas e em vez
de chegar ao fundo emergiu na superfície de um rio cercado por uma floresta.
Havia no ar um doce aroma de flores silvestres.
Enquanto cuspia água
e sangue Akira o puxava para a margem do rio.
- Você poderia ter me
avisado que o seu refúgio era uma fonte...
- Água, na verdade. E
você reclama demais para alguém que foi salvo da forca. Ser grato de vez em
quando não doí sabia?
- Ah eu aprecio muito
a sua inesperada ajuda, e a teria em alta... Evan já tinha os lábios roxos e a
pele branca como o leite.
- .... Estima?
- Isso, se você....
Apenas faça, está bem?
Akira o virou de
costas e retirando a fina faca que trazia consigo presa em sua coxa rasgou seu
colete e abriu um buraco em sua camisa outrora branca, mas agora rubra pelo
sangue. – Isso vai doer!
- Apenas por um
momento... faça!
Com apenas um movimenTo ela arrancou o pedaço remanescente da flecha
abrindo um buraco que caberia três dedos facilmente, de Akira quatro talvez.
Evan mal pode gritar com tanto sangue esguichando em seu pulmão, mas antes que
ela pudesse tocá-lo novamente ele virou-se e lhe segurou a mão olhando
fixamente em seus olhos, por um segundo ele foi selvagem e ameaçador, o sangue
em seu rosto completa a figura aterrorizante.
- Não faça a ligação!
Apenas cure.
- Nem passou pela
minha cabeça...
Com um toque os olhos
azuis como água de Akira cintilaram como nunca e uma forte luz emanou de suas
mãos que pressionavam o ferimento. A luz entrou no âmago de Evan, preencheu
suas lacunas, ele pode sentir o calor do sol dentro dele e a luz saiu pelos seus
olhos escuros e sombrios em uma explosão resplandecente.
Olhando para o céu
azul ele descansou de um jeito que não fazia há anos e quase entrou em um sonho
doce guiado por uma mulher que sorria para ele...
- Você tem algum
plano para os mercenários, acho que não adianta ficarmos muito tEmpo aqui eles não vão desistir, vão nos esperar com
uma dúzia de homens certamente.
- Você não sabe
conectar seu refúgio com outros lugares se não o de entrada?
- Ainda não, nunca
preciseI na verdade e sem mencionar que a
magia do meu povo é muito diferente da sua, como você já deve saber. Alguma
sugestão?
- Nenhuma que você
seja capaz de aprender agora...
- Se eu não
conhecesse sua reputação ficaria ofendida!
- E o que andam
dizendo de mim pelos arredores?
- Ah o de sempre...
Louco, assassino, feiticeiro das trevas, dominador de mentes, aquele que trará
o último cair da noite, aquele que fala com demônios e claro “aquele que não
dobra os joelhos”
- Hum, parece bom.
- Parece exageRado, eu só vejo alguém com aquela expressão “sou um
lorde que perdeu a fortuna em apostas” e você não parece um lutador até tem a
altura e o olhar, mas não pesa mais que 80 kg!
- Em primeiro lugar,
eu acho que essa expressão não existe, em segundo, você traz uma balança no seu
bolso?
Evan caminhava em
direção ao rio em quanto dobrava as mangas da sua camisa até o cotovelo.
- E Afinal quem
diabos é você?
- já que
estamos enumerando coisas em primeiro lugar a sua salvadora, acho que devemos
sempre deixar isto em mente, é claro.
- É claro!
- E também eu viajei
muito para te encontrar, eu tenho uma proposta para você... Akira o segurou
pelo braço para que olhasse em seus olhos. – Sr. Evan LaSt Nightfall eu serei o seu Amuleto. A expressão no
rosto de Akira era contagiante e totalmente aversiva a expressão de surpresa de
Evan.
- Ora, ora! Isso é
algo que nãO se vê todo dia! Os Ellyllon não
são de se oferecer como fontes de poder mágico, isso para o seu povo não é algo
como – hesitou por um momento – ser um escravo?
- Eu penso diferente
e tenho os meus motivos, acredito que possamos nos ajudar mutualmente.
- Eu tenho coisas a
fazer e você só me atrapalharia...
- Bem, você já viu
minhas habilidades, sabe que sempre tenho um truque ou dois, e com certeza
juntos podemos não só superar seus inimigos como podemos vencer o Torneio entre
Mundos...
- Torneio entre
Mundos? Akira, eu sou grato por tudo o que fez por mim, mas eu não preciso de
um amuleto, na verdade já tenho o meu, bem... me roubaram na verdade, mas estou
indo resolver isso! E não preciso de ajuda. Não falo para lhe magoar, é apenas
a verdade. Sem mencionar que um amuleto com vida pode ser um problema, uma
Ellyllon, pelas luzes da aurora! – Respirou fundo para dizer – Em resumo, não
preciso de você.
- Seu grandíssimo
arrogante! Com que audácia você nega a ajuda de
Akira OgaWa, Filha da floresta, Nascida sob uma
lua vermelha?! Há algumas horas você estava em uma cela imunda e escura à
espera da morte, aliás, você se leMbra qual é uma das primeiras regras da magia?
- Qual a relevância
disso...
Evan começou a sentir
uma dor lancinante nas costas que aumentava na mesma medida em que Akira
chegava mais perto do seu peito, até o ponto que sentiu novamente o sangue lhe
correr pelas costas e ele já se encontrava arqueado no chão.
- Aquilo que você
concede também pode ser tirado.
Os olhos de Akira não
piscavam nenhum instante e brilhavam vermelhos como os dois rubis mais raros da
face da terra.
- Se você acha que
isso vaI me convencer, você está tão
enganada!
Em um salto ela
afastou-se o máximo que pode – Me desculpe, as vezes eu não consigo controlar
toda essa raiva... eu só...
- Ainda não aprendeu
a manter sua forma humaNa por muito tempo, não é? E ainda pensa
em me ajudar, provavelmente você acabaria me matando antes que os Peterson, ou
os magos do Condado Shine...
- Eu nunca faria
isso, quero dizer, eu não quero machucar ninguém que não mereça!
- E quem merece?
- Mance Peterson! Ao
pronunciar o nome seus olhos tornaram-se vermelhos outra vez, mas apenas por um
momento.
- Um inimigo em
comum...
Evan a observava com
atenção talvez pela primeira vez, seus dedos estavam entrelaçados seus braços a
frente do corpo, ela ainda estava encharcada é claro, usava uma capa vermelha
escarlate presa por quatro botões, não no centro, mas no lado superior direito
do peito, os botões eram dourados e cintilavam a luz do sol. Usava fivelas de
aço e cintas de couro fervido nos braços e nas pernas, para proteGer-se de facas, provavelmente. Seu rosto era um
tanto rosado, com o queixo fino, olhos azuis e decididos, cabelos loiros e
agora molhados tinham a cor do ouro visto no escuro, Evan se perguntava porque
ela teria um nome dos povos orientais, o povo dela tinha nomes geralmente como
Lunnara ou Aluzir... ela aparentava ter a idade de uma criança, não mais que
treze ou quatorze anos, mas ele sabia que ela era mais velha, muito mais velha.
- Olha faremos um
trato, Akira. Por algum motivo você resolveu me ajudar e agora estamos
nisso juntos pelo menos até nos livrarmos dos mercenários e fugirmos em um
barco para longe daqui. Além disso, há algo em você que me deixa curioso, e a
minha curiosidade sempre se torna uma fome implacável. Quando estivermos
despreocupados você me contará essa história do começo, está bem?
- Eu acho que é um
começo e tanto! ... você já está forte o bastante para se defender?
- Pronto para
enfrentar um exército eu diria, mas prefiro evitar por hora, vamos! Se esconda
em mim, será mais fácil se não tiver que protegê-la toda hora, - Mas eu... –
Nem se de o trabalho de inventar uma desculpa, já sei que você não pode usar
sua magia de ataque logo após ter curado alguém...
- Como você...
- Qual o problema
você já me carregou por meia cidade, nada mais justo do que eu carregá-la o
restante do caminho, não acha?
- Eu nunca usei esse
feitiço antes... se algo acontecer com você, acontece comigo também.
- Eu pensei que
houvesse alguma coragem em você, mas...
Akira segurou Evan
pelo punho e na medida que seu corpo desaparecia, uma tatuagem em várias formas
de treliças, tribais, animais e flores em diferentes tons azuis, escuros e
dourados avançavam pela pele do braço de Evan subindo até ficar visível em seu
pescoço.
- Abra a porta do
refúgio Akira.
- Não se esqueça de
prender a respiração desta vez...
- Auch! Fale mais
baixo, afinal, você já está dentro da minha cabeça!
- Desculpe, primeira
vez lembra?
O rio em frente
emanou uma forte luz, a porta estava aberta e Evan mergulhou em um salto. A
água estava gelada e ele pode sentir a mesma sensação de frio que Akira sentia,
ele nadava em direção ao fundo do rio, mas sabia que neste caso para baixo era
para cima.
Na superfície da
fonte a noite já caia apesar de terem entrado nela há apenas alguns minutos, o
tempo dentro do refúgio é muito mais rápido. Havia dois homens nos telhados com
balestras em punho e outros três escondidos nas entradas dos dois corredores
que acabavam na fonte. Estes estavam com espadas, seu líder segurava entre os
dedos um colar com o símbolo da “chama dos sacerdotes” o apertava tão forte que
sua mão suava sobre o ferro escuro. O homem corpulento, de barba ruiva
desgrenhada e manchada pelo vinho e tabaco, media quase dois metros e olhava
fixamente para a fonte, sabia que não demoraria muito.
A água na fonte
explodiu por todos os lados e quando tocou o chão de pedra junto com ela estava
de pé Evan Last Nightfall. Esferas de ferro presas a correntes voaram em sua
direção enrolando-se por todo seu corpo, as duas esferas possuíam runas
Ellyllonianas e as correntes estavam tão apertadas que não poderia se mexer,
seu cabelo curto e negro estava despenteado e apontava entre os olhos, sua
expressão era voraz e assustadoramente calma.
- Senhores! Antes que
fechas voem e espadas corram em minha direção devo dizer que não tenho prazer
em tirar a vida de nenhum miserável como vocês. Não será uma luta digna, será
um massacre sem absolutamente nenhuma, e escutem bem, nenhuma! Chance de
sucesso para vocês, portanto, sugiro que tirem a esperança de obterem a
medíocre recompensa pela minha cabeça e tomem o caminho de volta para... seja
qual for o buraco imundo do qual saíram!
- Diz o homem
acorrentado! – As risadas soaram alto na fria noite – Por favor, não nos tome
por meros tolos, sabemos que você não pode fazer nada preso nessas correntes!
Porque você não nos diz aonde está a...
- Akira, faça o favor
de se entender com a sua língua materna e me tire dessas correntes, sim?
A tatuagem emitiu uma
forte luz branca e as correntes caíram no chão.
Por um instante,
menor que uma respiração, os homens hesitaram.
- Matem esse
bastardo!
Os cachorros o
alcançaram primeiro, Evan mostrou-lhes os dentes e eles fugiram. O homem de
barba vermelha avançou na esperança de um golpe mortal de espada, Evan
esquivou-se e o derrubou sobre a fonte, o homem bateu a cabeça nas pedras e as
manchou de sangue, não se levantou mais. Uma faca voou em sua direção, mas ao
aproximar-se do seu rosto perdeu velocidade e agarrando-a, o mago desapareceu e
ressurgiu atrás do segundo homem cortando sua garganta, com um giro
desvencilhou-se do corpo e arremessou a faca acertando a cabeça do último homem
em solo e desapareceu na escuridão...
Até reaparecer
no alto do telhado ao lado do mercenário de balestra.
- Agora eu sou rápido
demais para suas flechas, não sou?
Com um toque no homem
de expressão incrédula o mercenário reapareceu com um clarão no céu umas duas
quadras dali em queda livre. O Segundo arqueiro ao ser tocado despencou do
armazém e no mesmo momento em que se espatifou no chão Evan estava ao seu lado.
- Nunca me escutam!
Bem Akira temos um barco para pegar e você... acredito ter uma história para me
contar.
Eu até poderia mentir dizendo que escrever este conto foi difícil, mas na verdade foi como lembrar da sua festa de aniversário favorita, pois, parece que este conto sempre esteve na minha cabeça eu só tirei a poeira dele. Se vocês gostarem e obtiver algum alcance tenho a ideia de postar as partes anteriores do conto e consequentemente a continuação.
ok, sem mais delongas vamos a isto, lembrando que comentários, sugestões e críticas são sempre bem-vindas.
até a próxima.
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